A vitamina D é um tema que entrou em evidência no Brasil e no mundo devido à pandemia. Se você nunca deu atenção para suplementos vitamínicos, que podem e devem ser ingeridos diariamente, talvez agora seja uma boa hora para iniciar esta rotina.
Motivo? Cientistas da Universidade de Turim, na Itália, divulgaram estudo com as benesses que este suplemento ocasiona contra o coronavírus (COVID-19). Apesar de não curar (isso só é possível com a aplicação de vacinas), o uso de vitamina D proporciona uma melhora no sistema de defesa humano.
Segundo os cientistas italianos, os pacientes que estavam hospitalizados em decorrência da COVID-19 demonstraram prevalência alta de hipovitaminose D, isto é, pouca Vitamina D no organismo.
Ou seja, devido a esta insuficiência vitamínica, o organismo fica mais propenso em contrair viroses e doenças graves que levam a óbito.
A título de conhecimento, a vitamina D é um nutriente essencial que nosso corpo utiliza em muitos processos vitais, incluindo a construção e manutenção de ossos fortes. Não somente, permite que o nosso organismo crie sistemas de defesa contra doenças de caráter respiratório, como gripes e a própria COVID-19.
Além disso, os cientistas italianos também recomendam que as pessoas criem o hábito diário de banho de sol, em varandas ou sacadas. O consumo de determinados tipos de alimentos também são sugeridos, tais como:
- Atum e salmão
- Bife de fígado
- Gema de ovos
- Leite fortificado
- Manteiga
- Iogurte
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Instituto de Pesquisa René Rachou (Fiocruz), constataram que cerca de 875 mil brasileiros com idade superior a 50 anos possuem deficiência em vitamina D no organismo.
Outros 7,5 milhões de brasileiros dessa faixa etária estão com concentrações de vitamina D inferiores às consideradas saudáveis.
Por isso, preparamos este artigo para que você tenha mais conhecimentos sobre os benefícios do consumo de vitamina D.
Vitamina D: o que é e para que serve?
Para iniciarmos a nossa conversa, primeiro precisamos definir o que é a vitamina D. Trata-se de uma vitamina lipossolúvel (que se dissolve em óleo ou gordura) produzida naturalmente no organismo através da exposição da pele à luz solar.
A vitamina D também pode ser obtida em maiores quantidades com o consumo de alguns alimentos de origem animal, como peixes, gema de ovos, leite, etc., conforme citamos anteriormente.
É também uma das 13 vitaminas descobertas no início do século XX, por médicos que estudavam doenças provenientes de deficiência nutricional. Por ser produzida pelo corpo humano, é considerada um hormônio esteróide. Também é chamada de calciferol.
A vitamina D é responsável pela absorção de cálcio, promovendo o crescimento e a mineralização dos ossos. Não somente, está envolvida em várias funções do sistema imunológico, digestivo, circulatório e nervoso.
Dentre outros fatores, podemos considerar os seguintes para o seu consumo:
- Fortalecimento de ossos e dentes, pois aumenta a absorção de cálcio e fósforo no intestino e facilita a entrada desses minerais nos ossos, que são essenciais para a sua formação
- Prevenção da diabetes, porque atua na manutenção da saúde do pâncreas, que é órgão responsável pela produção de insulina, o hormônio que regula os níveis de glicose no sangue
- Melhora do sistema imune, prevenindo infecções bacterianas e virais
- Redução da inflamação do organismo, porque diminui a produção de substâncias inflamatórias e ajuda no combate à doenças autoimunes, como psoríase, artrite reumatoide e lúpus, sendo necessário nesses casos o uso de suplementação de acordo com a orientação médica
- Prevenção de doenças como esclerose múltipla e alguns tipos de câncer, como de mama, próstata, colorretal e reinal, já que participa no controle da morte celular e diminui a formação e proliferação de células malignas
- Melhora da saúde cardiovascular, pois atua diminuindo a pressão arterial e o risco de hipertensão e outras doenças cardiovasculares
- Fortalecimento muscular, já que a vitamina D participa do processo de formação dos músculos e está ligada a uma maior força e agilidade muscular
Quais são os níveis aceitáveis de vitamina D no organismo?
Não existe consenso sobre a quantidade ideal de vitamina D no organismo. Tudo depende do metabolismo de cada indivíduo, além de obviamente a sua idade.
Em linhas gerais, considera-se como baixo uma concentração de menos de 20 ng/ML. Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), os valores desejáveis para a população em geral é que seja superior a 20 ng/ML.
Já para grupos de risco como idosos, gestantes, pacientes com osteomalácia, raquitismos, osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes e renal crônica e pré-bariátricos, a recomendação é que seja entre 30 e 60 ng/mL.
Como tratar a insuficiência de vitamina D no organismo
Se um indivíduo apresentar insuficiência de vitamina D no organismo, recomenda-se consultar-se com o médico endocrinologista de sua confiança.
O médico endocrinologista é o responsável em equilibrar o nível dos hormônios no corpo humano, para uma série de finalidades: falta de vitaminas, perda de peso, menopausa, dentre muitos outros.
O tratamento para a deficiência desta vitamina envolve a obtenção de mais vitamina D – por meio de dieta e/ou suplementação. Para tratar a deficiência dessa vitamina, as maneiras pelas quais você pode ingerir aumentar o consumo incluem:
- Uso de suplementos
- Aumento da exposição solar
- Ingestão de alimentos que contenham vitamina D ou fortificados com vitamina D
- Aumentar a dose de vitamina D, bem como psicoterapia e medicamentos antidepressivos, em casos de depressão
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